sábado, 19 de março de 2016




              Caixa de Pássaros, de Josh Malerman






                                         NÃO ABRA OS OLHOS!

Oi pessoal! 


Hoje vim aqui para conversar um pouco a respeito da minha experiência lendo ''Caixa de Pássaros''. 
O livro de estreia de Josh Malerman de cara me chamou bastante a atenção. Uma sociedade tremendamente aterrorizada por algo invisível aos olhos. Um único olhar pode ser fatal. Onde já se viu algo assim? É o que ocorre nessa história fascinante que conta, alternando o passado e o presente, o sofrimento de Malorie. 

A quatro anos, quando ''o problema'' começou, Malorie passa a acreditar de fato na gravidade da situação quando sua irmã morre de forma triste e violenta no banheiro de sua própria casa. 

Grávida, sem ter qualquer notícia dos pais e agora sem a irmã, Malorie embarca nessa (aventura?) por um mundo onde um simples olhar pode matar. O único desejo de todos é: sobreviver! E a melhor (ou única) chance de sobreviver é jamais abrir os olhos.

Confesso que a narração em terceira pessoa me incomoda um pouco, mas isso de forma alguma me impediu de devorar o livro. A cada capítulo me invadia mais a curiosidade e ansiedade pelo final. 

Malerman intercala a história entre o passado e o presente, nos mostrando devagar o final (que nos acompanha por toda a leitura) e o que ocorreu no passado, onde Malorie encontra uma casa no meio do caos aonde vivem algumas pessoas de forma semi-primitiva em busca de sobrevivência. 

 Em meio às pessoas sobreviventes que vivem na casa está Tom, um ex professor que acabou se tornando líder e até mesmo um alicerce para as pessoas que ali vivem. Com pouca comida e vivendo através de condições completamente desconfortáveis, mais do que nunca podemos perceber como certas situações são capazes de mexer com o psicológico das pessoas, às tornando boas ou ruins, fortes ou completamente descontroladas.

Penso que essa foi a intensão primordial de Josh ao escrever este thriller psicológico que nos desperta a curiosidade para saber como será o desfecho dessa história. Será que todos estão loucos? O que estaria enlouquecendo essas pessoas? Como se proteger de algo que se quer podemos enxergar? (e quem os enxerga não sobrevive para contar história) Pra onde ir? Em quem confiar? O que fazer?


Em vários momento do livro me peguei sentindo a mesma aflição que a personagem principal. A leitura me fazia a todo momento me sentir mesmo na ''pele'' de Malorie, que teve de criar os próprios filhos em meio ao perigo constante e fazer as mais difíceis escolhas, até mesmo para as crianças que não tinham consciência completa do que estava acontecendo e dependiam inteiramente de sua proteção.

   
Preciso dizer também que em vários momentos me senti incomodada com a forma que Malorie trata as crianças, quase sempre de forma ríspida e sem afeto. Em alguns desse momentos cheguei a me pegar sentindo raiva da personagem por tanta falta de carinho com aqueles pequenos seres que foram jogados em um completo caos, perdendo a infância e tudo aquilo que tinham direito. É claro que não é culpa da mãe a situação na qual se encontram, mas nada me tira da cabeça que ela deveria os tratar de forma um pouco mais sensível, mas, devido a tudo o que ela já havia passado, é de se entender certa frieza e receio, e também o constante medo de que alguma coisa pudesse acontecer aos filhos a qualquer momento (como disse, é quase impossível para os personagens manterem o psicológico intacto ante tudo o que lhes acontece).
Mas será que só eu tive essa impressão?

Quanto ao final, deixa a desejar um pouco em algumas explicações que seriam necessárias para a nossa reflexão a respeito do livro. Algumas situações são contadas de forma implícita, como se o autor jogasse no ar para que, sozinhos, tirássemos nossas próprias conclusões. Mas não posso falar muito a respeito (rsrs).


 De certa forma, achei o livro super interessante e a leitura foi extremamente válida. Nunca fui muito de ler e nem assistir à esses gêneros mas esse livro foi uma boa ''porta de entrada'' e pretendo procurar mais histórias com esse contexto. Por ser a estreia de Josh Malerman, devo parabeniza-lo, pois o livro foi muito bem escrito e prender a atenção do leitor do início ao fim não é tarefa fácil, porém, foi concluída com sucesso.

                                            

                                             Observação

Como esse é meu primeiro post por aqui, sinto o dever de explicar que não sou profissional nem nada parecido com isso. E o mais importante: não é uma resenha.

Estava aqui, perdida em meus pensamentos quando algo me ocorreu: sempre que termino de ler um livro, ou assistir à um filme me vem uma vontade incontrolável de comentar com alguém a minha experiência. De contar a respeito da história, de conversar e dar a minha opinião, contar o que eu achei. Isso sempre sobrava para as pessoas mais próximas de mim, e nem sempre elas estavam interessadas em ouvir (rsrsrs) Por isso, pensei, porque não criar um blog, onde poderei compartilhar meus pensamentos, meus comentários a respeito das leituras, dos filmes etc? E foi o que eu fiz.
Por isso peço desculpas a quem por acaso cruzar com meu blog por ai e acabar lendo os meus posts.. rsrsrs Porque por enquanto, não serão nada profissionais. 
Obrigada pela atenção! 

Olá dreamers,
Vocês já conhecem o Google Web Fonts? É mais uma das facilidades maravilhosas da Google (I ♥ Google), um site com fontes de todos os tipos que você pode usar no seu blog apenas colocando o código no template. É super fácil, vamos lá?
 

Exemplo usando a fonte "Julius Sans One":